Nossa primeira reunião sobre assemblagem aconteceu no bairro do Cocaia, e nossa primeira experiência foi “fuçar” o lixo alheio e tirar tudo o que poderia ser transformado em arte.
Quando pegamos algo do lixo é uma experiência inexplicável. Somo vistos como “necessitados” ou até comparados com os catadores de lixo, e assim nos definimos: NECESSITAMOS DE ARTE. A oficina de assemblagem inovou olhares, e pensamentos. Não se pensa mais em lixo, e sim em arte.
Nosso primeiro contato com o que era lixo foi estranho, mas com as explicações do Everaldo Costa percebemos que nada seria impossível e nem repugnante, pois a arte estava em nós e o “lixo” em nossa frente.
Mãos a obra! E comemos a nos divertir com tudo o que tínhamos em mãos. Muitas obras foram criadas a partir daquilo que algumas horas antes chamávamos de lixo.
Assemblagem com argila.
A assemblagem já havia sido introduzida em outro momento de nossos encontros e fomos descobrindo que não era só com lixo que poderíamos fazer arte. A argila foi um material que nos deus toda a liberdade para criar.
Quem nunca brincou de massinha em casa ou já fez pequenas esculturas de barro quando criança? A argila jamais seria visto também como um tipo de assemblagem já que até o momento apenas o lixo tinha sido inserido nessa ideia.
Fazer arte com qualquer coisa é sempre divertido, mas se sujar de argila não tem preço.
Por Paula Magalhães